Capa: O mistério do livro começa
pela capa. A face rabiscada de Camões, cujo olho direito encontra-se encoberto
de sangue com a Máquina do Mundo ao fundo revela um pouco do que o leitor
encontrará na obra: Camões, um serial killer e enigmas.
Agradecimentos: logo no início, a
frase “Dan Brown pegou de Umberto Eco. E
nós pegamos de volta”. Luciano Milici revive a polêmica afirmação de Umberto Eco “Eu
fiz Dan Brown”. O autor americano pasteurizou o conceito de romance histórico
de mistério deixando de lado a profundidade que Umberto Eco construiu em
romances como “O nome da rosa” e “O pêndulo de Foucault”. Eco criou teorias
factíveis, bem embasadas e ricas de citações e, ainda assim, declarou que tudo
o que propôs era ficção. Brown, por sua vez, reuniu pequenas teses já muito
apresentadas na mídia (e até pelo próprio Eco) e empacotou de maneira
superficial, apresentando ao grande público como real.
Ao dizer “Dan Brown pegou de Umberto Eco. E nós pegamos de volta”, o autor repetiu uma frase dita por Bono Vox, vocalista da banda irlandesa U2, ao tocar Helter
Skelter - canção dos Beatles apropriada pelo líder religioso assassino Charles
Manson. Na abertura do filme “Rattle and Hum”, Bono diz a frase “Essa música,
Charles Manson roubou dos Beatles. Nós roubamos de volta”.
Ele inicia, então, os agradecimentos, com a
frase “Este livro foi escrito ao som de
rock clássico”.
Em seguida, ele oferece o livro “a Camões e a outros em quem poder não teve a
morte”, que é, também, citação de uma dedicatória feita por Camões em “Os
Lusíadas”.
A citação de Umberto Eco vem com a frase “todos os poetas escrevem poesia ruim. Os
maus poetas as publicam, e os bons poetas as queimam”.
Sumário: Notamos, nesse índice, uma
simetria perfeita. No início há um prólogo. No meio exato, interlúdio e, no final,
o Epílogo. A cada bloco exato de capítulos, há os “Papéis de Santiago”, com
informações importantes sobre a história.
Introdução: A citação de Jorge Luis
Borges e seu conto “O jardim das veredas que se bifurcam” mostra ao leitor
que cada página da vida dos personagens ou do próprio Camões permite novos
desdobramentos.
Citação Inicial: a frase de Alan Moore reflete como as pessoas pensam que moldam as histórias, mas na verdade, elas é
que são moldadas.
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